<p>UNIVERSIDADE DE MARLIAPROGRAMA DE PS-GRADUAO EM AGRONOMIA</p>
<p>PRODUO INTEGRADA EM AGROECOSSISTEMASFACULDADE DE CINCIAS AGRRIAS</p>
<p>Estudo crtico da determinao da matria seca dos alimentos</p>
<p>forrageiros.</p>
<p>ALUSIO PEREIRA DE ABREU</p>
<p>Marlia SP</p>
<p>Maro de 2006</p>
<p>Livros Grtis </p>
<p>http://www.livrosgratis.com.br </p>
<p>Milhares de livros grtis para download. </p>
<p>UNIVERSIDADE DE MARLIAPROGRAMA DE PS-GRADUAO EM AGRONOMIA</p>
<p>PRODUO INTEGRADA EM AGROECOSSISTEMASFACULDADE DE CINCIAS AGRRIAS</p>
<p>Estudo crtico da determinao da matria seca dos alimentos forrageiros.</p>
<p>Alusio Pereira de Abreu</p>
<p>Orientador Prof. Dr. Rodolfo Cludio Spers</p>
<p>Dissertao apresentada Faculdade deCincias Agrrias da Universidade deMarlia UNIMAR, para obteno dottulo de Mestre em Agronomia rea deconcentrao em Fitotecnia</p>
<p>Marlia SP </p>
<p>Maro de 2006</p>
<p>REITOR UNIVERSIDADE DE MARLIA UNIMAR</p>
<p>Mrcio Mesquita Serva</p>
<p>Pr-Reitora de Pesquisa e Ps-graduao</p>
<p>Suely Fadul Villibor Flory</p>
<p>Diretor Faculdade de Cincias Agrrias</p>
<p>Helmuth Kieckhfer</p>
<p>Programa de Ps-Graduao em Agronomia</p>
<p>rea de Concentrao em Fitotecnia</p>
<p>Coordenador</p>
<p>Luciano Soares de Souza</p>
<p>Orientador</p>
<p>Rodolfo Cludio Spers</p>
<p>Sumrio</p>
<p> Pgina</p>
<p>RESUMO.....................................................................................................V</p>
<p>ABSTRACT...........................................................................................VI</p>
<p>1. INTRODUO..........................................................................................1</p>
<p>2. REVISO DE LITERATURA.....................................................................4</p>
<p>2.1 Fatores que afetam a qualidade das Forragens ..........................4</p>
<p>2.2 Diferenas entre Espcies............................................................4</p>
<p>2.3 Clima.............................................................................................5</p>
<p>2.4 Solos.............................................................................................6</p>
<p>2.5 Estgio de desenvolvimento e idade de corte..............................6</p>
<p>2.6 Composio qumica e valor nutritivo...........................................7</p>
<p>3. MATERIAL E MTODO............................................................................10</p>
<p>3.1 Coleta de dados...........................................................................10</p>
<p>3.2 As culturas...................................................................................11</p>
<p>3.3 Delineamento experimental ......................................................11</p>
<p>3.4 Avaliaes...................................................................................12</p>
<p>4. RESULTADOS E DISCUSSO...............................................................14</p>
<p>5. CONCLUSES........................................................................................20</p>
<p>6. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS.........................................................21</p>
<p>LISTA DE QUADROS E TABELAS</p>
<p>Tabela 1 Nmero de amostras utilizadas pelo Laboratrio de Nutrio Animal</p>
<p>(LABRONA), da Universidade de Marlia de silagem de milho, feno de gramneas</p>
<p>determinadas no perodo de 2000 a 2004 .......................................................pg - 10</p>
<p>Quadro 1 Teores mdios padronizados de matria seca (MS), protena bruta (PB),</p>
<p>matria mineral (MM), extrato etreo (EE), carboidratos totais (CT) e fibra em</p>
<p>detergente neutro (FDN) obtidos na silagem de milho, feno de Tifton</p>
<p>85......................................................................................................................pg - 15</p>
<p>Quadro 2 Avaliao do teor de matria seca de silagens ou forragens em nvel de</p>
<p>campo................................................................................................................pg - 15</p>
<p>Quadro 3 Descrio dos principais mtodos analticos para a determinao da</p>
<p>umidade.............................................................................................................pg - 16</p>
<p>Tabela 2 Dados mdios da umidade comparativa (%) como perda durante a</p>
<p>secagem de alimentos forrageiros feno, pastagens e silagens, determinada na</p>
<p>literatura, e no laboratrio de bromatologia da</p>
<p>Unimar...............................................................................................................pg - 17</p>
<p>Tabela 3 Valores mdios estimados das fraes solveis em gua (a) e insolvel</p>
<p>potencialmente digestvel no rmen de bovinos (b) e das taxas de degradao da</p>
<p>frao insolvel potencialmente degradvel no rmen (c), da matria seca e protena</p>
<p>bruta da Silagem de Milho, Feno de Tifton 85..................................................pg - 18</p>
<p>Tabela 4 Valores mdios estimados das fraes potencialmente degradvel da</p>
<p>FDN no rmen de bovinos (D) e no-degradvel (I) e das taxas de degradao (c)</p>
<p>da silagem de milho e feno de gramneas ...........................................................pg -</p>
<p>18</p>
<p>1. INTRODUO</p>
<p>Talvez nenhuma analise to importante no setor agrcola e tambm</p>
<p>to abundantemente empregada do que a da umidade. Determinao acurada </p>
<p>crtica na indstria de alimentos por inmeras razes. Na comercializao dos</p>
<p>alimentos granferos a gua includa na pesagem e, portanto faz parte dos custos</p>
<p>finais e tem que ser paga quando esses alimentos so comprados e vendidos. A</p>
<p>gua peso que ser transportado. O contedo de umidade desempenha</p>
<p>importante influncia e risco nas condies de armazenamento. A presena da</p>
<p>umidade nos alimentos e raes tem papel de diluente de nutrientes como a energia,</p>
<p>protena, minerais e vitaminas na dieta dos animais. Determinaes de umidade so</p>
<p>utilizadas a fim de se converter todos os nutrientes na base da matria seca, ou</p>
<p>seja, com 100% de matria seca. Portanto erros na determinao da umidade so</p>
<p>incorporados nos clculos da concentrao dos outros nutrientes. Concentrao</p>
<p>apropriada de umidade nas dietas necessria para se obter ingesto mxima e</p>
<p>desempenho timo dos animais. Portanto pode-se verificar que a determinao de</p>
<p>umidade dos ingredientes necessria e indispensvel (THIEX 2002). </p>
<p>Fatores que afetam a determinao exata da umidade incluem a</p>
<p>variao do seu contedo, amostragem dos alimentos, transporte e armazenamento</p>
<p>das amostras laboratoriais. O preparo das amostras laboratoriais incluindo a</p>
<p>moagem, erros e variabilidade na coleta esto associados com os mtodos</p>
<p>analticos especficos empregados. A anlise incorreta da umidade tem uma</p>
<p>influncia direta e negativa na preciso da formulao de raes e dietas, alm de</p>
<p>afetar o consumo balanceado de alimentos, inclusive na previso do desempenho.</p>
<p>Os alimentos tm sido classificados por Kellems & Church (2002) em oito categorias:</p>
<p>Volumosos secos, Pastagens e Forrageiras, Volumosos ensilados, Concentrados de</p>
<p>alta energia, Fontes de Protena, Minerais, Vitaminas e os Aditivos.</p>
<p> Foram descritos por Hunt e Oixton (1974), o comportamento e</p>
<p>mensurao relacionados aos alimentos para animais e averiguadas e discutidas as</p>
<p>fontes de erros. Horwitz et al., 1990. verificou a fonte de erros especficos na</p>
<p>determinao da umidade pela evaporao. As fontes de erro que se aplicam </p>
<p>todos os mtodos incluem a: Representatividade das amostras laboratoriais</p>
<p>Condies de armazenamento de ambas amostras, a laboratorial e analtica.</p>
<p>Tcnicas de moagem com a exposio ao ar, grau de modificao da estrutura</p>
<p>inicial do alimento, gerao de calor, contaminao, granulometria, necessidade da</p>
<p>determinao de umidade e duas fases em se tratando de alimentos com elevada</p>
<p>presena de gua impossibilitando a sua moagem. Erros na pesagem, Tamanho da</p>
<p>poro a ser analisada, Umidade interna do laboratrio, Perdas no aquosas ou</p>
<p>interferncias (especificidade e seletividade do mtodo).</p>
<p>Fontes adicionais de erros para a secagem em estufa incluem: Tempo</p>
<p>e temperatura da secagem, constncia e estabilidade da temperatura da estufa,</p>
<p>uniformidade do aquecimento, velocidade e constncia da ventilao, taxa de</p>
<p>secagem e recuperao, acuracidade do termmetro e a qualidade e uniformidade</p>
<p>na dessecao (THIEX & VAN EREN 2002). </p>
<p> O conhecimento do valor nutritivo dos alimentos que compem a dieta</p>
<p>dos animais torna-se imperativo, pois pode proporcionar a adequao de dietas, que</p>
<p>otimizem o desempenho produtivo e reduzam o custo de produo, bem como as</p>
<p>perdas energticas e de compostos nitrogenados, associados digesto e ao</p>
<p>metabolismo dos nutrientes. Como fator de divergncia, os alimentos volumosos,</p>
<p>principalmente aqueles de origem tropical, apresentam grande variao em sua</p>
<p>composio e na taxa de degradao de seus componentes, conforme a espcie</p>
<p>forrageira, idade da planta, poca do ano, adubao do solo e manejo empregado.</p>
<p>As gramneas tropicais, embora apresentem alta produtividade, quando comparadas</p>
<p>quelas de clima temperado, acumulam ao longo do ciclo de crescimento elevada</p>
<p>proporo de parede celular que, nutricionalmente, denominamos de fibra em</p>
<p>detergente neutro. Essa frao apresenta, de modo geral, lenta e incompleta</p>
<p>digesto, ocupa espao no trato gastrintestinal, sendo o principal responsvel pela</p>
<p>variao na digesto dos alimentos tropicais, alm de exercer efeito marcante sobre</p>
<p>o consumo de alimentos.</p>
<p> Deste modo, este trabalho teve como objetivo realizar um estudo crtico</p>
<p>da determinao da Matria Seca (MS) e degradabilidade dos alimentos forrageiros.</p>
<p>2. REVISO DE LITERATURA</p>
<p>2.1. Fatores que afetam a qualidade das Forragens</p>
<p> Segundo Van Soest (1991), o solo, o clima, o animal, e doenas</p>
<p>influenciam no crescimento e na composio das plantas forrageiras. As plantas</p>
<p>utilizam a energia solar para fixao do carbono dentro de suas estruturas, e a</p>
<p>distribuio deste carbono, bem como da energia fixada dentro das partes da planta,</p>
<p>so amplamente afetadas por fatores externos do ambiente. Deste modo, o valor</p>
<p>nutritivo e a qualidade da forragem so conseqncias destas condies. Para a</p>
<p>obteno de forragens de qualidade superior, fundamental que sejam conhecidos</p>
<p>os efeitos dos diferentes fatores de meio, a fim de que se possa adequar medidas de</p>
<p>manejo com vista a atingir estes objetivos (MINSON, 1990). Assim, aspectos como a</p>
<p>individualidade das espcies, o estgio de desenvolvimento da planta, e a idade de</p>
<p>corte, alm da influncia de fatores ambientais como clima e solo, so decisivos</p>
<p>para a qualidade da forragem (HEATH et al., 1985).</p>
<p>2.2. Diferenas entre espcies</p>
<p>Espcies forrageiras diferentes, crescendo sobre mesmas condies</p>
<p>ambientais, demonstram caractersticas nutritivas diferentes (VAN SOEST, 1994).</p>
<p>As variaes na composio qumica entre as espcies, so resultados da</p>
<p>diversidade gentica das plantas (NORTON, 1989). Leguminosas tropicais</p>
<p>apresentam-se mais ricas em PB, clcio e fsforo que as gramneas, o que explica</p>
<p>em parte, o seu valor nutritivo mais elevado. As leguminosas sejam de clima tropical</p>
<p>ou temperado apresentam teores proticos similares, ao passo que as gramneas de</p>
<p>clima tropical, demonstram valores proticos inferiores s de clima temperado (REIS</p>
<p>et al., 1993). Raramente so registrados em gramneas de clima tropical, nveis de</p>
<p>parede celular inferiores a 55 % e, valores de 65 % so comuns em plantas colhidas</p>
<p>em estgio vegetativo, e de 75 a 80 % naquelas em estgio avanado de</p>
<p>maturidade. Comparativamente, gramneas de clima temperado mostram teores</p>
<p>variando de 34 a 73 %, segundo Moore & Mott, (1973), citados por Reis et al.,</p>
<p>(1993).</p>
<p>2.3. Clima</p>
<p> Os fatores de natureza climtica que mais afetam a composio</p>
<p>bromatolgica das forrageiras so: a temperatura, a luminosidade e a umidade.</p>
<p>Segundo Van Soest (1994), elevadas temperaturas, que so caractersticas</p>
<p>marcantes das condies tropicais, promovem rpida lignificao da parede celular,</p>
<p>acelerando a atividade metablica das clulas, o que resulta em decrscimo do pool</p>
<p>de metablitos no contedo celular, alm de promover a rpida converso dos</p>
<p>produtos fotossintticos em componentes da parede celular. So verificadas</p>
<p>redues nas concentraes de lipdios, protenas e carboidratos solveis, e</p>
<p>aumento nos teores de carboidratos estruturais de maneira generalizada nas</p>
<p>espcies forrageiras, tendo como conseqncia, a reduo sensvel dos nveis de</p>
<p>digestibilidade. Os efeitos da temperatura so mais acentuados em gramneas do</p>
<p>que em leguminosas, em razo da alta taxa de crescimento tpica das espcies C4.</p>
<p> A luminosidade garante o processo fotossinttico e, consequentemente</p>
<p>a sntese de acares e cidos orgnicos, deste modo, independente da</p>
<p>temperatura, a luminosidade promove elevao nos teores de acares solveis,</p>
<p>aminocidos e cidos orgnicos, com reduo paralela nos teores de parede celular,</p>
<p>aumentando assim a digestibilidade (HEATH et al., 1985). Entretanto, os efeitos das</p>
<p>altas temperaturas so, em geral, mais decisivos sobre a qualidade da pastagem. </p>
<p> Os efeitos da umidade sobre as plantas forrageiras, so bastante</p>
<p>variveis. Severas restries hdricas, promovem a paralisao do crescimento e</p>
<p>morte da parte area da planta o que limitar a produo animal, tanto em razo da</p>
<p>baixa qualidade quanto da disponibilidade da forragem. Por outro lado, deficincias</p>
<p>hdricas suaves reduzem a velocidade de crescimento das plantas, retardando a</p>
<p>formao de caules, o que resulta em plantas com maiores propores de folhas e</p>
<p>contedo de nutrientes potencialmente digestveis. Este efeito particularmente</p>
<p>verificado em gramneas, uma vez que as leguminosas tendem a perder os fololos</p>
<p>com relativa facilidade mesmo sob dficit hdrico moderado o que reduz</p>
<p>consideravelmente o seu valor nutritivo (REIS et al., 1993). Dficit hdrico moderado</p>
<p>embora produza melhoria de digestibilidade em gramneas, promove normalmente</p>
<p>alguma reduo de produtividade, alm de eventualmente, tornar mais pronunciado</p>
<p>os efeitos txicos de alcalides e glicosdeos cianognicos que possam estar</p>
<p>presentes em algumas espcies forrageiras (VAN SOEST, 1994).</p>
<p>2.4. Solos</p>
<p> Os efeitos do solo sobre as forragens podem ser avaliados sob dois</p>
<p>aspectos: o da acumulao de minerais nas plantas, e da influncia dos minerais no</p>
<p>rendimento, composio e digestibilidade da matria orgnica das forragens. Plantas</p>
<p>crescendo sobre diferentes solos demonstram diferentes balanos minerais que</p>
<p>alteram sua composio e crescimento (VAN SOEST, 1994). O nvel de fertilidade</p>
<p>do solo e a prtica da adubao refletem-se na composio qumica da planta</p>
<p>especialmente nos teores de protena bruta, fsforo e potssio e consequentemente</p>
<p>sobre a dige...</p>